quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Razões



Estávamos  sentadas em uma cadeira, a frente de uns amigos e umas garrafas de cerveja.
Entre gargalhadas e conversas fomos interrompidos pela presença de alguns senhores que perguntaram
se podiam tocar uma música.
Falamos que sim.
 Um dos senhores olhou no fundo dos meus olhos e falou preste atenção no que diz a música.E começara...
O som agitado e melancólico me fez levantar da mesa, claro que também com ajuda de alguns copos de cerveja,comecei a dançar
algumas pessoas,no mesmo estado que eu, também se levantaram e me acompanharam. Ninguém cantava na banda,pensei: que estranhos!; mas fechei os olhos e assim fiquei só.
Eu e a música rodopiava em volta de tudo que me incomodava, mas o que me causava inquietação também se importunava com a minha liberdade e minha felicidade melancólica
no meio de tantos sorrisos, tantas gente  a solidão destacava.
Dançar e fechar os olhos é uma maneira de afastar o que incomoda, é sair do lugar que não quero estar!
Dançar e fechar os olhos!
Dançar e fechar os olhos!
Dançar e fechar os olhos!

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      Parecia ser um terremoto, aqueles tipo 8 graus na  Escala Richter mas não foi. Sorri aliviada quando percebi que apenas foi um abalo. Talvez um abalo, verbal, físico, térmico, meteorológico e psicológico, nada muito grave, algumas coisas saíram do lugar mais voltaram repentinamente, as que mudaram encontraram seu lugar correto. (Se existe lugar correto para alguma coisa, elas acharam.) 
           Quando tudo passou senti saudades das coisas que antes eram irrelevantes, tomei meu café da manhã com a mesma vontade de não fazer nada como nos outros dias, meu sorriso se abriu como fendas  causadas por outros terremotos e resolvi seguir, mais leve...deixei a metade das bagagem para trás, aprendi que a cada terremoto ou abalo descobrimos que a bagagem tem que ser mais leve.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O trabalhador

   
Lá está ele voltando pra casa, hoje ele não vai levar nada, se sente menos pai, menos homem.
 Como voltar pra casa com as mãos vazias? Sentiu-se menos homem...
        Depois de um dia inteiro cansado, não tem mais emoções, nem estima, seus sentimentos e sonhos estão paralisados desde quando foi denominado trabalhador, mas uma cabeça não pensante e dois braços juntos com milhares de outros que fazem a roda da engrenagem girar, gira-se, mais para que lado?!
        Do lado que estica, que deforma, que petrifica a memória, os sonhos e lembranças de beijos e futuros amores. Tudo encravado na rocha da mente cansada por não saber o que pensar.
Os braços longos não mais abraçam ninguém, a não ser o cotidiano.






-Texto feito junto com Filipe Dias do Um conto e meio-

terça-feira, 12 de novembro de 2013

No Love

    Aquele dia minha noite foi curta.
          Meu olhos cerraram ao som de guitarristas enlouquecidas  de um rock in roll
          Meu cobertor foi o seu corpo
          Meu ar sua respiração
          Seus lábios meus sonhos
          Suas mentiras meu futuro.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Meu medo minha amiga.


           Quem sempre me fez companhia foi ela,
Sem notar ela que me acompanhou por todos esses anos,
me acolheu do próprio medo que eu tinha dela.
Minha melhor companhia, quando não estou entre sorrisos e
gargalhadas as vezes verdadeiras as vezes não.
Acho que estou aprendendo a conviver com ela, até gosto da sua presença, ausente de nada
mas sempre me fazendo ser egoísta.
Saber da sua presença no meu futuro é o que me dá medo.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Anseio

Dia frio, chato mal começou e já considero o dia chato.
Tento fazer meu trabalho, abro o Facebook antes, vejo as coisas, visito perfis que já são atividades cotidianas e fúteis.
Abro o Photoshop resolvo fazer meu trabalho, trato uma foto, lembro do mal funcionamento do meu celular por está carregado tralha. Deixo o trabalho pra lá e limpo a memória do  celular.
Tento focar no trabalho, mas resolvo ler uma matéria, leio, mais uma vez coisa fútil, perdi meu tempo.
Resolvo ler o que ele escreveu, fútil, perdi meu tempo mais uma vez.
Volto pro meu trabalho, desisto.
Preciso escrever.
Escrevo sem nexo.
Mas talvez agora, quem sabe eu foque
no trabalho.