quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Escrevo por que é o fim

[sem ilustração]

Dias de chuvas me faz lembra-lo...
Barulho dos carros na rua molhada
Correr de mão dadas para fugir dos pingos em vão e embaixo de cada toldo um beijo.
Barulho de chuva lá fora
E lugar de vinho barato é em nosso quarto em nossos corpos,
Barulho de chuva de risada se suspiro.
Barulho de prazer em lugar que não existe, nem portas muito menos promessas
Lugar onde desejos e destino se encontram com o acaso!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O caos da improvisação



Semana passada entrei sem saber em um show, sabe esses dias que você não está a fim de ir pra casa e escolhe qualquer lugar para ir,então, acabei entrando em um show instrumental improvisado, o som feito com duas baterias,sax, trombone, violão elétrico, guitarra e trompete, havia na sala apenas eu e mais dois garotos que pareciam mais perdidos que eu.
O som dominou minha mente e pelo meu estado de espírito o pensamento vagou... Pensei em sentimentos, na vida, que como o som que eu ouvia era assim, sem ensaios, tudo no improviso, e se você prestar bem atenção é um caos.

Cada instrumento é um órgão do  corpo, que desempenha sua função diferente um dos outros eles seguem seus ritmos, conjunto ritmado descoordenado, disritmados, transformando o caos em afago, agrado, agradável da existência, do amor, do sons e dos gostos e no compassos ritmados desse caos fui observando a sinfonia improvisada da minha vida.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Existiu porque aconteceu? Ou aconteceu porque existiu?


Adoro cinema, e ainda escolho os filmes pelo nome me deparei com esse título "Histórias que só existem quando lembradas"  sem saber realmente sobre qual é a história do filme quero falar sobre histórias que quero que existam.
Na verdade não sei se quero que elas existam, quero que seja lembradas. É tão bom lembrar, sim sou saudosistas! Mas convenhamos que boas histórias são assim devem ser lembradas, pois depois de muito tempo traz um esboço de sorriso onde quer que você esteja, junto com uma sensação de "como aquilo foi incrível" e a frustração de " que pena que só percebi isso agora" ...
                                             Lembrar: Trazer à memória
História: Os fatos do passado
                         Existir: Ser num dado momento ou atualmente; viver.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Solidão



O que me traz a sensação de liberdade me traz medo.
Sensata, sensível me entrelaça me estende as mãos, os braços e me leva  mostrando que tudo ficará bem.
É a  única que vem a me acompanhar durante anos, as vezes deixo- a de lado, então ela mostra a sua presença me assombra, entre milhares e milhares de pessoa ela me
cerca, e a minha liberdade se transforma em medo. E  suas formas mudam, eu fico vulnerável, pequena sua presença torna-se dolorosa me invadindo, completando todo o meu ser, toda minha existência com perguntas e anseios. Antes de ser tragada por todo meu medo e angústia ela sorri, em seu sorriso vejo que ela sempre esteve presentes em muitos abraços vagos.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Existente,existência,existir...

Tem dias que existe um lugar que não existe, e é nele que quero ficar quero permanecer com meus pensamentos, minhas coisas, não havendo nada me tire do meu eixo. Eixo meu, subjetivo. Esse lugar tem os melhores cheiros e gostos que passaram na minha vida, nesse lugar que eu vou quando meus olhos se prende no ar por segundos ou minutos.Tento achar uma maneira de como ficar, e penso  até quando esse lugar vai suportar meus desejos meus prazeres minhas nostalgias...até quando esse esse lugar existente não existente existirá sem mim?!?!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Gostinho de Infância


Hoje cedo li um texto do Rubem Alves que falava sobre goiabas, a fruta, tirada do pé com suas formas imperfeitas e macias, com cheiro suculento e seus bichinhos, ele comenta  que as frutas  vendidas aqui na cidade nem são goiabas, por que são duras ,não tem cheiro e nem bichos, pois  são tão ruins que nem eles as querem.
Isso me fez lembrar a minha infância de menina da cidade que pouco ia ao sitio, mais quando se deparava com um pé de goiaba era uma tremenda alegria, dois fatos “goiabísticos” esse texto me fez lembrar, um foi quando eu roubei goiaba em Goiás, deveria ter uns sete anos, foi  uma das minhas primeiras aventuras, gelo na barriga, escalar a arvore,que para uma menina urbana era quase impossível,  e depois comer todas as goiabas para minha mãe e tias não saber da traquinagem.
E o segundo era ficar com os meus primos dentro de um pneu de trator, comendo goiaba verde com sal, isso era uma delicia, como é bom lembrar-se desses fatos da infância.
O que é mais interessante é que eu saboreava as goiabas e nem se lembrava dos bichinhos, hoje em dia mal como goiaba por causa deles, uma espécie de raciocínio idiota adulto me fez prestar atenção nisso, por que já que o bicho da goiaba, nasceu na goiaba,  e só come goiaba ele deve ter gosto de goiaba não é?!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Um cantinho no caos

    Sai do trabalho sem vontade de voltar pra casa, caminhando pelo bairro sem pretensão de chegar a lugar algum, no máximo parar em um bom lugar pra tomar café no fim da caminhada, Mas, no meio do meu caminho existia um lugar um canto para ficar, sentar, meditar. Resolvi entrar nesse local, pessoas estavam mergulhadas na leitura ou  músicas que saiam de seus subjetivos fones de ouvido.  
Sentei em um canto bem escondido, longe de todos mas com ótima visão de tudo que se acontecia, observei que no meio do caos havia  algo que acolhe pessoas para uma tarde calma, com paredes cinzas e um pequeno jardim,  não coloquei meus fones para ouvir musica pois já  ouvia barulhos de pássaros, pássaros esses estranhos, me deparei com um ninho em cima de uma pilastra, aproximei curiosa e chequei me esticando e apoiando nas pontas dos pés que era ninhos de pomba, sim aqui em São Paulo é oque mais tem, e oque achei engraçado que desmistifiquei uma lenda de infância, sobre a existência de seus filhotes e além disso eles produzem sons talvez porque estavam com fome, mais um pio tão agudo,ritmado, tão bonitinhos.
Para aquela tarde que não esperava muita coisa ficar ali em um pseudo-jardim bucólico observando pássaros e pessoas em em uma caixa cinza de cimento foi uma ótima experiência.